Comando de Operações Terrestres do Exército chegou a preparar intervenção
Planejamento para uma intervenção no TSE chegou a ser preparado no quartel-general do Exército em Brasília
As discussões a respeito do uso do artigo 142 da Constituição para justificar uma intervenção militar foram tão profundas que o Comando de Operações Terrestres do Exército chegou a planejar uma ação contra o Judiciário e o Tribunal Superior Eleitoral. O preparo das ações, antes da tomada de decisão, é da rotina dos militares. As revelações comprovam que o tema foi tratado em detalhes.
O Comando de Operações Terrestres é responsável pelas diretrizes de planejamento operacional militar e fica no quartel-general do Exército em Brasília. A informação foi passada ao Blog por fontes militares que participaram das discussões sobre a possibilidade de o presidente Bolsonaro decretar uma GLO — Garantia da Lei e da Ordem.
A justificativa para a preparação foi a de que o Comando de Operações não poderia ser pego de surpresa caso o presidente tomasse uma decisão.
Como o Blog revelou, além do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, pelo menos outros quatro integrantes do alto-comando do Exército se mostraram favoráveis a uma intervenção militar.
Outros comandantes, no entanto, se posicionaram contra, entre eles o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e o atual comandante, general Tomás Miguel, que era chefe do comando militar do Sudeste.