Brasileiro relata situação na Flórida em meio ao furacão Idalia: ‘Alagou até a cintura’

Cauê Salgado vive em Tampa, na Costa Leste dos EUA, e contou que não consegue sair de casa no momento, apesar de estar acostumado com a situação que, segundo ele, ocorre todos os anos.

Brasileiro relata situação na Flórida em meio ao furacão Idalia: ‘Alagou até a cintura’

Um brasileiro que mora nos Estados Unidos relatou à GloboNews como está sendo a experiência de passar pelo furacão Idalia, que é originário de Cuba e agora está na Costa Leste dos Estados Unidos. Cauê Salgado vive em Tampa, no estado norte-americano da Flórida. Ele explicou que a situação de chuvas torrenciais e ventanias ocorre todos os anos, e que desta vez ele não conseguiu sair de casa com os alagamentos.

“Eu moro em um lugar mais ou menos comparando como se fosse a Lagoa Rodrigo de Freitas (no Rio de Janeiro), e está bem alagado, não dá para sair. Eu tenho que ir ao mercado aqui na frente, e quase alagou até a cintura. Mas não está tão ruim em Tampa, não, caíram algumas árvores, mas não está tão ruim assim não”, relatou.

Cauê contou que o local que mais sente os efeitos do furacão é em outra região da Flórida, em Tallahassee, para onde o fenômeno se dirigiu. E admitiu que, morando no estado norte-americano há seis anos, e no país há nove, ele viveu situações mais desesperadoras em outras ocasiões.

"Você vai passando todos os anos, tem ano que vira só tempestade tropical, que é o primeiro nível, e tem ano que vai até o nível 2, 3, 4, até 5. Então você vai acostumando e vai ouvindo o que vai falando na mídia. Eu não fico desesperado porque já estou acostumado, mas vou ouvindo a mídia. Os caras da Flórida não estão nem aí, dizem ‘há 60 anos que eu passo por isso’, mas eu não estou desesperado”, explicou.

 

Cauê contou que o furacão que passou em 2022 provocou maior desespero nele e nas pessoas que conhece na região.

“Ano passado a gente teve que sair. A polícia veio aqui, desligou tudo e disse que a gente não podia ficar, e aí saímos. Neste ano, eles falaram que a gente só ia pegar alagamento”, relatou. "Mas não vou mentir não, durante à noite eu fiquei preocupado, ouvi cada barulhão", admitiu.

Cauê Salgado mora em Tampa, na Flórida, há seis anos e meio e está convivendo com a passagem do furacão Idalia — Foto: Reprodução/Conexão GloboNews

Cauê Salgado mora em Tampa, na Flórida, há seis anos e meio e está convivendo com a passagem do furacão Idalia — Foto: Reprodução/Conexão GloboNews

 

 

Furacão alcançou nível 'catastrófico' ao chegar nos EUA

 

O furacão Idalia, que chegou à categoria 4 mas desceu para 3 ainda com possíveis impactos "catastróficos", chegou à Flórida na manhã desta quarta-feira (30). O furacão se formou no Golfo do México e entrou na região perto de Keaton Beach, ao norte de Tampa, na região central da Flórida.

Na terça-feira (29), o governo local orientou para que os moradores da região oeste do estado deixassem suas casas. Pelo menos 14 milhões de pessoas estão em estado de alerta. O Aeroporto Internacional de Tampa fechou na terça e deverá permanecer fechado até a manhã de quinta-feira (31).

Em 2022, o furacão Ian atingiu o sudoeste da Flórida, causando mais de 100 bilhões de dólares em danos e matando mais de 100 pessoas.

Mulher atravessa enchente depois de ter que evacuar sua casa em Tarpon Springs, Flórida, em 30 de agosto de 2023 — Foto: Joe Raedle/Getty Images North America/Getty Images via AFP

Mulher atravessa enchente depois de ter que evacuar sua casa em Tarpon Springs, Flórida, em 30 de agosto de 2023 — Foto: Joe Raedle/Getty Images North America/Getty Images via AFP

Fonte Brasileiro relata situação na Flórida em meio ao furacão Idalia: ‘Alagou até a cintura’ | Mundo | G1 (globo.com)